sexta-feira, 28 de novembro de 2008

quanto querer cabe em meu coração?

Certo dia, há algum tempo atrás, realizei essa pergunta para uma amiga minha. Eu mesma respondi a pergunta, dizendo que cabe quantos formos capazes de suportar, e às vezes, até o que não somos capazes de suportar.
Pensando melhor nos quereres, nos sentimentos, e aquilo que guardamos em um lugar que metaforicamente chamamos de coração, vejo que o que importa não é a quantidade de quereres e sonhos e desejos guardados dentro do nosso coração. Suportar, a gente suporta até quando a gente não pode suportar. Mas apenas se os quereres estiverem seguindo o mesmo caminho. O problema é que existem quereres que não se completam, mas se chocam, se colidem.
Noite passada fiquei horas tentando dormir pensando nisso. E os que se colidem? Buscar descartar o querer que está mais em desuso ou trazê-lo e fazer do choque uma união?
A vida, a razão, nessa vida há tanto de contraditório, porque não o coração?


Fui dormir esperando uma resposta. Diferente do dia em que perguntei a minha amiga, eu não possuo essa resposta. Espero que alguém que complete meu coração possa respondê-la para mim.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Uma rua cheia de sorrisos francos*

Estavam ali, eu vi.
Pessoas felizes, cantando, pulando, comemorando. Por muitas vezes chorando de ansiedade, para virar medo e no fim o medo transformar-se em alegria. Porque a esperança sempre vence o medo, por mais demorado que seja.
Victor Hugo disse que o que move a humanidade são as idéias. Saem as Idéias, ficam os Ideais. Ficam os sonhos. Aquilo que era sólido desmanchou-se no ar. Por isso eu sempre opto não só pelo sólido, mas também pelo abstrato, pelo inexplicável. Por isso ter instituições não bastam. É preciso sonhar, e mais que isso, saber concretizar o sonho, transformar o tédio em melodia, uma melodia suave mas ao mesmo tempo forte, capaz de penetrar no coração e na razão das pessoas e que faça com que elas optem pelo caminho de quem tem fome, seja qual tipo de fome for.
Ontem, depois de não só uma rua, mas de uma avenida, um bar, uma universidade cheia de sorrisos francos, sorrisos de vitória, eu vi. Eu vi a coragem, eu vi a garra, eu vi a força. Eu vi naqueles sorrisos uma imensidão de sentimentos misturados como poucas vezes se vê de forma sincera e pura.
Ontem, eu vi os ventos mudando. Novos caminhos se abrindo. Algo me diz que são bons ventos, e que vão entrar pra história dessa universidade.

Porque a PUC é só o começo.

*Texto publicado por ocasião das eleições do DCE da PUC-Rio em 2008, em que o Movimento Roda-Viva sai vitorioso e retira do DCE a chapa Idéias. Porque Ideais são a prova de balas.